MARCO ANTÔNIO MARTINS
DO RIO
DO RIO
A Polícia Militar do Rio já prendeu ao menos 23 policiais nesta sexta-feria depois que uma greve geral de policiais e bombeiros foi deflagrada no Estado. Os motivos das prisões foram a recusa a sair às ruas para trabalhar ou por incitar o movimento, segundo o comando da corporação.
Desse total, 14 prisões aconteceram em batalhões localizados na cidade do Rio. Outros nove são de mandados expedidos pela Justiça. Dois policiais ainda não foram presos, e a corporação espera que eles se apresentem.
O comando da PM do Rio resolveu jogar duro com os policiais que resolveram aderir ao movimento. Um boletim interno da corporação divulgado hoje traz novas normas para levar o policial grevista de forma mais rápida ao Conselho de Disciplina --e a uma consequente expulsão da PM.
Vanderlei Almeida/France Presse | ||
Representantes do movimento grevista na polícia e no Corpo de Bombeiros concedem entrevista coletiva |
No início da manhã, delegacias de Volta Redonda e de Barra do Piraí ficaram fechadas, mas voltaram a funcionar por volta das 11h. As patrulhas que resolvem aderir à greve estão decidindo não ir às ruas ou então, saem e se reúnem em um ponto específico.
Os batalhões da região sul do Estado também aderiram ao movimento. Policiais do Bope (Batalhão de Operações Especiais) foram enviados à região para garantir a segurança nas cidades. Outra equipe do Batalhão de Choque foi enviada a Campos, no norte fluminense.
LÍDERES
A Justiça expediu mandado de prisão contra 11 policiais apontados pela corporação como líderes do movimento, 6 deles lotados no batalhão de Volta Redonda.
Dois se apresentaram no fim da manhã: o major da reserva Helio Oliveira e o cabo João Carlos Gurgel. Além deles, ainda foi detido o coronel Paulo Ricardo Paul.
Silvia Izquierdo/Associated Press | ||
Batalhão de Choque fazem patrulhamento no Rio durante greve das polícias Civil, Militar e dos bombeiros |
Desde a noite de quarta-feira (8) o cabo do Corpo de Bombeiros Benevenuto Daciolo está no presídio de segurança máxima de Bangu 1, na zona oeste do Rio. Ele é apontado como responsável por incitar a greve no Rio e em outros Estados.
Às 5h30, um helicóptero chegou ao batalhão de Volta Redonda com o corregedor da PM, o coronel Waldyr Soares Filho. Ele levava os seis mandados de prisão contra os líderes do movimento na região, todos lotados na unidade.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
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