sábado, 24 de março de 2012

Thor Batista - Com a palavra, a Arqudiocese do Rio



Foto: Rio News

A ex-modelo Luma de Oliveira, mãe de Thor Batista, filho do empresário Eike Batista, mandou, ontem, celebrar uma missa em memória de Wanderson Pereira, o ciclista atropelado e morto por Thor na BR-040. Ou que atropelou com sua bicicleta a possante McLaren de Thor e por isso morreu.
Celebrada na Igreja da Ressurreição, em Copacabana, a missa atraiu cerca de 50 amigos de Luma e de Thor, e nenhum parente de Wanderson.
Luma, o filho e a namorada dele chegaram à igreja em cinco "picapes importadas, a maioria com seguranças".
O que me chamou a atenção no relato feito por Gustavo Goulart, repórter de O Globo, foi o trecho onde está dito:
- O acesso à igreja ficou restrito para a celebração da missa.
Isso quer dizer que enquanto durou a missa (50 minutos) só foram admitidos na igreja convidados de Luma e do seu filho?
E o fiel comum que passou por lá, viu a igreja de porta aberta e tentou entrar? Foi barrado? Por quem?
Ou a porta da igreja ficou fechada?
A Arqudiocese do Rio de Janeiro permite ou ignora a privatização temporária de igrejas?
Quanto custa a celebração particular de uma missa?
O aposentado José Griner, de 88 anos, que no ano passado pilotava uma bicicleta e acabou atropelado por um Audi conduzido por Thor, distribuiu nota oficial para dizer o seguinte:
- O acidente [que sofreu] não deve ser atribuído a qualquer uma das partes.
Foi obra do destino, certamente.
Segundo a nota, não houve um atropelamento e sim uma "colização" da lateral do carro com a roda dianteira da bicicleta.
(Qual a diferença? Isso é conversa de advogado de defesa.) 
Os Batista socorreram Griner da melhor e mais generosa maneira possível.  
A família do primeiro ciclista atropelado por Thor - ou que o atropelou - sequer registrou o fato em alguma delegacia.

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