sexta-feira, 28 de outubro de 2011

O esporte nacional do momento: Apostar qual o próximo ministro acair


Façam suas apostas: quem será o próximo a cair?

Façam suas apostas: quem será o próximo a cair?Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

MINISTROS CARLOS LUPI (TRABALHO), ANA DE HOLLANDA (CULTURA), MÁRIO NEGROMONTE (CIDADES) E AFONSO FLORENCE (DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO) SOBREVIVERAM A DENÚNCIAS E PRESSÕES NESTES PRIMEIROS 11 MESES DE GOVERNO, O QUE NÃO QUER DIZER QUE FICAM PARA 2012, QUANDO OCORRE REFORMA MINISTERIAL

28 de Outubro de 2011 às 16:48
247 – Uma semana antes de cair, o agora ex-ministro do Esporte Orlando Silva dizia se sentir “indestrutível”. A avaliação remete a uma das últimas declarações de Wagner Rossi enquanto ministro da Agricultura, que se dizia “firme como uma rocha” dias antes de deixar o comando da Pasta. Foram seis até agora as baixas ministeriais do governo Dilma Rousseff, número que dá a impressão de que a presidente não tem poupado assessores envolvidos em denúncias ou polêmicas, mas pelo menos quatro ministros escaparam – por enquanto – da degola depois dos primeiros 11 meses de governo.
O mais ousado dos sobreviventes é, sem dúvida, o ministro Carlos Lupi, do Trabalho e Emprego. Alvo de denúncia de aparelhamento do Ministério com membros de seu partido, o PDT, Lupi confirmou que leva em conta a filiação na hora de escolher seus assessores e, ainda assim, permaneceu no cargo. Mário Negromonte, ministro das Cidades, também foi alvo de denúncias – de oferecer mesada a deputados de seu partido, o PP –, mas a comoção em torno do caso não foi o bastante para derrubá-lo.
Quem também passou apertos e conseguiu se segurar no cargo foi a ministra da Cultura, Ana de Hollanda. No foco de polêmicas desde o início de sua gestão, a ministra chegou a ser acusada de receber diárias do Ministério para folgas de fim de semana em sua cidade, Rio de Janeiro, e também virou alvo quando a cantora Maria Bethânia foi beneficiada pela Lei Rouanet. Outro que sobreviveu a pressões foi o ministro do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence, que teve até pedido público do MST para deixar a Pasta.
Apesar de terem sobrevivido, todos esses ministros passaram por desgaste e, desde que se tornaram foco de polêmicas e denúncias, figuram na lista de troca da reforma ministerial prevista por Dilma para o fim de seu primeiro ano de governo. Lupi e Negromonte, por exemplo, já perderam até o apoio de seus próprios partidos. Ana de Hollanda, por sua vez, continua enfrentando resistência no setor cultural – ainda de olho no cargo, o sociólogo Emir Sader derrubou a ministra em falso na semana passada – e Afonso Florence nunca contou com o apoio de Dilma.
A reforma do início do próximo ano conta também com pelo menos outros dois nomes, mas por motivo diverso. O ministro da Educação, Fernando Haddad, vai deixar o cargo para disputar a Prefeitura de São Paulo. A ministra da Secretaria Especial para Mulheres, Iriny Lopes, também deve deixar seu posto, para se candidatar à prefeitura de Vitória (ES).

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