quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Comentario de um internauta sobre resenha que a Folha fez do livro de amaury


Por Michel ( comentando no blog do Nassif ) sobre materia da Folha resenhando livro Pirataria Tucana de Amaury Ribeiro Jr.

A epígrafe, ou, entretítulo da matéria da Folha é a senha p/ se conhecer o enfoque que a grande mídia adotará p/ "romper o silêncio": livro aponta transações financeiras em paraísos fiscais sem exibir provas de ligação com privatizações no governo FHC
Assim sendo, tal matéria da Folha já mostra a trilha que a mídia adotará. São basicamente 2 linhas de contra-ataque: 
- O livro não passa de matéria requentada do que já foi denunciado pela mídia.
Trata-se de uma meia-verdade cuja cara metade é a meia-mentira. Esta linha é para unir o útil ao agradável, ou seja, dizer que a mídia é isenta, dinâmica e paladina da ética. Realmente, em 2001 a Veja (clique AQUI) tinha denunciado o esquema de Ricardo Sérgio, mas na base do "grampo sem áudio" de acusações genéricas.  Opino que a Veja talvez estivesse jogando para um dos 2 grupos que brigavam pelo controle da privataria, como apontou Amaury no livro. Talvez o Nassif possa explicar isto. Baita ingenuidade imaginar que ninguém tomou conhecimento (pela imprensa escrita) das tretas envolvendo o underground das privatizações. O que Amaury fez foi trazer à luz as provas documentais que faltavem, ou, que a imprensa não mostrou. Tanto é verdade que, na matéria supracitada, a Veja diz: 
“Mais uma vez é oportuno frisar que apenas uma investigação mais profunda pode esclarecer se houve ou não pagamento de propina. Mas fato é que havia, sim, motivos – e muito concretos, aliás – para que vultosas somas de dinheiro migrassem de um bolso para outro."
O que Amaury fez, pois, foi investigar e levantar (legalmente) os documentos e mostrar minuciosamente como funcionava o esquema de lavagem de dinheiro da privataria e para quais pessoas foram os pagamentos de propinas. O autor fez, pois, um serviço de utilidade pública ao apontar para as autoridades os caminhos para coibir as trapaças do crime organizado e estancar a evasão de divisas do país. Tentar desacreditar o livro é também assinar a confissão de cumplicidade com a corrupção; com os crimes do colarinho branco. 

- Amaury é um meliante indiciado pela PF ligado ao PT 
Este é o mote para tentar desacreditar Amaury Ribeiro Jr e associá-lo aos “crimes do PT”. A última matéria da Veja é a senha para se conhecer que a mídia tentará transformar os documentos do livro naquilo que o meio jurídico conhece como “fruto da árvore envenenada”.  Acreditar que o indiciamento pela polícia é prova de algum delito é demonstração inequívoca de total desconhecimento no tema. No caso da grande mídia, obviamente que o mote é pura má-fé. Amaury ganhou todos os processos que sofreu. Quem é passível de ser incriminado por violação de documentos públicos são os funcionários públicos. E a Carta Capital mostrou no ano passado quem violou o sigilo de 60 milhões de brasileiros em 2001. 

Nenhum comentário: