Apesar de ter perdido cargo no Dnocs, líder do PMDB é o
deputado com o maior número de afilhados políticos no segundo
escalão do governo. Sua influência, porém, pode estar com os
dias contados
Izabelle TorresELE QUER MAIS
Henrique Alves tem pelo menos dez cargos de peso no
governo, e ainda ambiciona a presidência da Câmara
Experiente por acumular o recorde de 11 mandatos consecutivos, o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), tinha tudo para elevar o patamar das discussões políticas no Congresso, mas se especializou no caminho viciado do loteamento de cargos públicos. Atua, sem maior constrangimento, como portavoz do fisiologismo e sempre viu seus pedidos atendidos pelo Executivo.
Nas últimas semanas, porém, a maré parece ter começado a mudar. Depois de trombetear que Elias Fernandes não sairia do comando do Dnocs, o Departamento Nacional de Obras contra a Seca, teve de engolir a demissão de seu apadrinhado. Além disso, viu ameaçada sua candidatura à presidência da Câmara no ano que vem. “Se ele age assim na liderança do PMDB, imagine o que não vaifazer na presidência da Câmara?”, indagou a presidenta Dilma Rousseff a auxiliares. Mas Dilma terá muito trabalho se quiser mesmo limar de vez a influência de Henrique Alves. Hoje ele é um homem muito poderoso na Esplanada. Henrique Alves é apontado no governo como o maior padrinho de vagas no segundo escalão do governo federal. São atribuídas ao deputado quase 50% das nomeações feitas para contemplar o PMDB.
Metade delas consta da sua cota pessoalíssima e a outra parte é de apadrinhados dos amigos de Congresso, a quem também precisa agradar. O Planalto considera de responsabilidade direta de Henrique Alves a nomeação de quase 20 figuras que circulam pela Esplanada, entre eles o ex-deputado baiano Geddel Vieira Lima que ocupa a vice-presidência de Pessoa Jurídica da Caixa Econômica Federal. Geddel estreitou laços com Henrique Alves durante sua temporada à frente do Ministério da Integração, quando comandava o Dnocs, preenchido ao gosto do deputado potiguar desde aquela época.
No Dnocs, apesar da demissão de Elias Fernandes, Henrique Alves avançou tanto que nomeou até o sobrinho José Eduardo Alves para uma diretoria no Rio Grande do Norte. Os tentáculos de Henrique Alves avançam ainda sobre o Ministério do Turismo, a Embratur, a Agência Nacional do Petróleo, a Conab e o INSS, onde emplacou o amigo Pedro Sanguinetti na diretoria de Orçamento. No Turismo, oito cargos de assessores e secretários foram preenchidos por indicação do deputado potiguar. Nos últimos dias, Dilma e o vice Michel Temer conversaram sobre o comportamento do líder do PMDB.
Temer avocou para si a tarefa de enquadrá-lo. Integrantes do próprio PMDB admitem que a influência do líder da bancada no governo pode estar chegando ao fim.
Nas últimas semanas, porém, a maré parece ter começado a mudar. Depois de trombetear que Elias Fernandes não sairia do comando do Dnocs, o Departamento Nacional de Obras contra a Seca, teve de engolir a demissão de seu apadrinhado. Além disso, viu ameaçada sua candidatura à presidência da Câmara no ano que vem. “Se ele age assim na liderança do PMDB, imagine o que não vaifazer na presidência da Câmara?”, indagou a presidenta Dilma Rousseff a auxiliares. Mas Dilma terá muito trabalho se quiser mesmo limar de vez a influência de Henrique Alves. Hoje ele é um homem muito poderoso na Esplanada. Henrique Alves é apontado no governo como o maior padrinho de vagas no segundo escalão do governo federal. São atribuídas ao deputado quase 50% das nomeações feitas para contemplar o PMDB.
Metade delas consta da sua cota pessoalíssima e a outra parte é de apadrinhados dos amigos de Congresso, a quem também precisa agradar. O Planalto considera de responsabilidade direta de Henrique Alves a nomeação de quase 20 figuras que circulam pela Esplanada, entre eles o ex-deputado baiano Geddel Vieira Lima que ocupa a vice-presidência de Pessoa Jurídica da Caixa Econômica Federal. Geddel estreitou laços com Henrique Alves durante sua temporada à frente do Ministério da Integração, quando comandava o Dnocs, preenchido ao gosto do deputado potiguar desde aquela época.
No Dnocs, apesar da demissão de Elias Fernandes, Henrique Alves avançou tanto que nomeou até o sobrinho José Eduardo Alves para uma diretoria no Rio Grande do Norte. Os tentáculos de Henrique Alves avançam ainda sobre o Ministério do Turismo, a Embratur, a Agência Nacional do Petróleo, a Conab e o INSS, onde emplacou o amigo Pedro Sanguinetti na diretoria de Orçamento. No Turismo, oito cargos de assessores e secretários foram preenchidos por indicação do deputado potiguar. Nos últimos dias, Dilma e o vice Michel Temer conversaram sobre o comportamento do líder do PMDB.
Temer avocou para si a tarefa de enquadrá-lo. Integrantes do próprio PMDB admitem que a influência do líder da bancada no governo pode estar chegando ao fim.
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