O julgamento da ex-cabeleireira Adriana Ferreira de Almeida, viúva do milionário Renné Senna, está previsto para começar às 10h desta segunda-feira no Tribunal do Júri de Rio Bonito (72 km do Rio). Outros três envolvidos também serão julgados. A morte do lavrador, que ficou milionário ao ganhar na Mega-Sena, ocorreu em 2007.
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O ganhador da Mega-Sena assassinado, René Senna, e a viúva, Adriana Ferreira Almeida |
Segundo informações do tribunal, o julgamento deve durar, no mínimo, quatro dias. A juíza Roberta dos Santos Costa informou que nomeou o defensor público Jorge Luiz da Costa para representar a viúva no caso de seu advogado, Jackson Rodrigues, não comparecer à sessão por qualquer motivo. Na sexta-feira (25), o STJ (Superior Tribunal de Justiça), negouum pedido feito por Rodrigues para um novo adiamento do julgamento.
Inicialmente, o julgamento de Adriana estava marcado para o dia 4 de outubro, mas foi adiado porque o advogado alegou problemas de saúde.
Ainda de acordo com funcionários do tribunal, a rua Desembargador Itabaiana de Oliveira, no centro de Rio Bonito, foi interditada ao trânsito. A Polícia Militar informou que reforçou o policiamento na região.
Além da ex-cabeleireira, a professora de educação física Janaína Silva de Oliveira da Costa, o sargento da PM Ronaldo Amaral de Oliveira, o China, e o cabo da PM Marco Antônio Vicente também serão julgados. Todos são acusados de homicídio duplamente qualificado --por motivo torpe e com recurso que impossibilitou a defesa da vítima.
O CASO
Senna foi morto em 2007, dois anos após ganhar R$ 51,8 milhões na Mega-Sena. A viúva teria se aliado a uma amiga e a quatro ex-seguranças do milionário para cometer o crime.
Deficiente físico --Senna teve as duas pernas amputadas por causa da diabetes--, o ex-lavrador foi morto com quatro tiros na cabeça em um bar em Rio Bonito. Almeida é apontada como a mandante do crime.
O ex-PM Anderson Sousa e o funcionário público Ednei Gonçalves Pereira, acusados de serem os autores dos disparos, foram condenados, em julho de 2009, a 18 anos de prisão pelo assassinato de Senna e pelo crime de furto qualificado.
Janaína, julgada hoje, é amiga de Almeida e esposa de Sousa.
Em junho o juiz Marcelo Chaves Espíndola, da comarca de Rio Bonito, julgou improcedente o pedido de reconhecimento de união estável entre Almeida e Senna.
Desde a morte de René, a cabeleireira trava uma batalha judicial com Renata Almeida Senna, única filha do milionário, pelos bens deixados pelo ex-lavrador. O pedido de reconhecimento de união estável foi feito pela própria acusada.
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