Foto: Antonio Cruz/ABr
EM DEPOIMENTO PRESTADO AOS SENADORES DA COMISSÃO DE ASSUNTOS SOCIAIS, MINISTRO DO TRABALHO VOLTA ATRÁS EM SUA VERSÃO E DIZ QUE NÃO HAVIA SE LEMBRADO DAQUELE MOMENTO POR ESTAR SOB FORTE PRESSÃO DE DEPUTADOS DA OPOSIÇÃO
No depoimento prestado aos senadores da Comissão de Assuntos Sociais (CAS), hoje, o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, admitiu que voou no avião King Air, durante agenda no Maranhão, em 2009, cujo aluguel foi intermediado pelo presidente da ONG Pró-Cerrado, Adair Meira, que também estava no jatinho. Na semana passada, em depoimento a deputados, Lupi afirmou que não usou o referido avião e que não conhecia o presidente da ONG, o que levou o PSDB a acusá-lo, perante a Procuradoria-Geral da República (PGR), de crime de responsabilidade.
Lupi afirmou, primeiro, que estava sob forte pressão de deputados da oposição e, portanto, não se lembrou naquele momento que viajara naquela aeronave. Pediu desculpas porque estava "desmemoriado". Ainda segundo ele, faz parte da correria da vida política entrar em carros, aviões e helicópteros, sem saber quem são os referidos proprietários. Lupi reafirmou que, em sua avaliação, aquela estrutura havia sido providenciada pelo PDT do Maranhão.
O ministro disse, ainda, que não tem clareza do que está sendo acusado, já que Adair Meira declarou que o jato fretado não foi pago por ele. "Quem tem que explicar o pagamento dessa aeronave não sou eu, eu fui de carona. Compete à companhia aérea falar e ao Ezequiel (Nascimento, ex-secretário da pasta)". Por fim, ele reivindicou o seu "direito constitucional" de ser considerado inocente, até que se prove o contrário.
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