Foto: Wilson Dias/Agencia Brasil
E SAI DE LÁ AINDA MINISTRO. LUPI DISSE QUE NÃO QUIS DIZER QUE NÃO CONHECIA O DIRIGENTE DE ONG COM QUE VIAJOU EM 2009, MAS APENAS QUE OS DOIS NÃO TINHAM RELAÇÃO PESSOAL; PDT CANCELOU REUNIÃO PARA TRATAR DA CRISE
Durou três horas e meia o depoimento do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, aos senadores da Comissão de Assuntos Sociais (CAS) para explicar o voo em um jato particular durante agenda oficial e partidária que ele cumpriu em dezembro de 2009, para o Maranhão. Lupi também respondeu às acusações da oposição de que teria mentido ao afirmar que não conhecia o presidente da ONG Pró-Cerrado, Adair Meira, que teria providenciado o voo ao Maranhão, e que mantém R$ 14 milhões em contratos com o ministério do Trabalho.
No final do depoimento, Lupi, que é presidente licenciado do PDT reafirmou aos jornalistas que não quis dizer que não conhecia o dirigente da ONG, mas apenas que não tinha relação pessoal ou de amizade com ele.
Para o senador pedetista Pedro Taques (MT), Lupi "saiu-se bem" no depoimento de hoje. No entanto, voltou a defender que ele se afaste temporariamente do cargo até o final das investigações contra ele. Taques defende que o PDT continue na base aliada do governo, mas sem ministério ou cargo no governo.
A líder do PSD, Kátia Abreu (TO), que fez os questionamentos mais veementes ao ministro, acusou Lupi de ser um "profissional da mentira" e afirmou que "este ministro do PDT" não tem mais condições de permanecer no cargo.
PDT cancela reunião
O presidente em exercício do PDT, André Figueiredo, informou que não haverá mais a reunião da Executiva do partido que estava marcada para ser realizada hoje e cujo assunto seria a situação atual do ministro do Trabalho, Carlos Lupi. Segundo Figueiredo, o secretário-geral do PDT, Manoel Dias, está doente e não pôde embarcar para Brasília.
Depois de defender a saída de Lupi do Ministério do Trabalho, diante das denúncias de irregularidades na pasta, Figueiredo disse que cabe à presidente Dilma e ao próprio Lupi decidir sobre a permanência ou não dele no cargo.
"Não iríamos constranger o ministro (na reunião do PDT) e dizer que ele tem de sair. Temos convicção de que cabe à presidente Dilma decidir sobre o futuro dos ministros", disse Figueiredo ao lembrar que o PDT hoje está dividido em relação à permanência do ministro na pasta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário