Foto: NELSON ANTOINE/Agência Estado
SEGUNDO O ADVOGADO DA TORCIDA, WAGNER COSTA TEM COLABORADO COM AS INVESTIGAÇÕES E VAI AJUDAR A TRAZER À TONA OS NOMES DOS ENVOLVIDOS NO TUMULTO QUE HOUVE DURANTE AS APURAÇÕES DAS ESCOLAS DE SAMBA, NA TERÇA-FEIRA
Aline Oliveira e Gisele Federicce _247 – O vice-presidente da Gaviões, Wagner da Costa, prestou depoimento hoje na Delegacia Especializada no Atendimento ao Turista sobre o tumulto que ocorreu durante a apuração das escolas de samba do carnaval de São Paulo. Ele está sendo investigado, junto com os dirigentes da Império de Casa Verde, Vai-Vai e Camisa Verde e Branco, por suspeita de ter ordenado a invasão da área restrita dos jurados, no Anhembi, na tarde da terça-feira.
Ao sair da delegacia, Costa não quis falar com a imprensa, que direcionou as perguntas ao advogado da torcida, Davi Gebara Neto. Segundo ele, a apuração para que sejam identificados os membros da torcida que participaram do tumulto já está sendo feita e os nomes devem vir à tona. “O Wagner se comprometeu a localizar as pessoas responsáveis, trazer o nome das pessoas, e a punição é a expulsão deles”, disse Gebara, que confirmou que o dirigente da torcida estava no Anhembi na última terça-feira, 21, quando aconteceu o tumulto.
Durante a apuração das notas, o membro da Império de Casa Verde Tiago Ciro Tadeu Faria, de 29 anos, foi detido após invadir o espaço dos jurados e rasgar os papeis em que estavam as notas. Caue Santos Pereira, de 20 anos, da Gaviões da Fiel, também foi detido, mas por atirar objetos. Outros cinco integrantes de escolas de samba também foram presos no dia. A suspeita da Polícia é de que a invasão tenha sido planejada por pelo menos quatro escolas.
A polêmica de que Wagner da Costa havia sido visto próximo ao alambrado durante a apuração não foi questionada durante o depoimento, segundo o advogado. “Por que o senhor foi até o alambrado?”, perguntou um repórter. “Porque sou um dirigente”, respondeu Costa. Na quarta-feira, o delegado Nico Gonçalves informou ao portal G1 que possuía fotos dos diretores investigados saindo da mesa da Império e indo em direção à área restrita da divulgação. Segundo ele, existem suspeitas de que o invasor com a camisa da Império e outro da Gaviões tenham sido orientados por esses dirigentes a pular o gradio.
O presidente da Pérola Negra, Edilson Carlos Casal, também prestou depoimento nesta sexta-feira. A escola teve destruída por um incêndio, ocorrido em meio à confusão de terça-feira, toda a estrutura de uma de suas alegorias. Na quinta-feira, os dirigentes das escolas Império de Casa Verde e Camisa Verde e Branco também prestaram depoimento. A presidente da Mocidade Alegre, campeã do carnaval de São Paulo, deve depor na próxima segunda-feira. Rumores davam conta de que ela seria poupada por causa do desfile das campeãs, que acontece na noite desta sexta-feira, mas Solange Bichara terá de comparecer à delegacia assim como os outros dirigentes, após receber intimaçãoem cima da hora. O desfile das campeãs terá uma equipe de segurança de 1.200 policiais.
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