quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Roberto Wider é aposentado compulsoriamente pelo CNJ



Roberto Wider é aposentado compulsoriamente pelo CNJFoto: Divulgação

O DESEMBARGADOR DO ROBERTO WIDER TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO FOI ACUSADO DE FAVORECER O AMIGO EDUARDO RASCHKOVSKY EM DECISÕES JUDICIAIS E ADMINISTRATIVAS

15 de Fevereiro de 2012 às 04:31
Fernando Porfírio _247- O Conselho Nacional de Justiça começou o ano a todo vapor e aplicou uma punição dura contra um magistrado. O plenário do CNJ decidiu nesta terça-feira (14), em sua primeira reunião de 2012, com 12 votos a favor e dois contra, aposentar compulsoriamente o desembargador Roberto Wider do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro. O parecer favorável à punição foi defendido pela ministra Eliana Calmon.
Roberto Wider também exerceu a função de corregedor do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, cargo no qual seu titular tem atribuição de investigar magistrados que estejam envolvidos em irregularidades administrativas. A decisão do CNJ é terminativa, mas pode ser questionada no Supremo Tribunal Federal (STF).
Em 16 de novembro de 2009, o corregedor nacional de Justiça, ministro Gilson Dipp, apresentou na sessão do CNJ o resultado da inspeção no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. A correição concluiu haver indícios de possíveis irregularidades em atos praticados por Wider em relação a cartórios extrajudiciais. O plenário votou pela abertura do processo disciplinar e pelo afastamento do desembargador de suas funções para apurar o caso.
Roberto Wider foi acusado de favorecer Eduardo Raschkovsky, de quem é amigo, em decisões judiciais e administrativas. Uma delas foi a nomeação, sem concurso, para cartórios do Rio de Janeiro e de São Gonçalo, de dois advogados que trabalhavam no escritório de Raschkovsky.
O processo administrativo julgado hoje foi relatado pelo conselheiro Tourinho Neto, que votou contra a aposentadoria compulsória, mas a maioria dos conselheiros acatou o parecer favorável à punição da corregedora nacional de Justiça, ministra Eliana Calmon.

Nenhum comentário: