POR FREDERICO VASCONCELOS
Tourinho Neto: CNJ não pode interferir nas associações
Do juiz federal Fernando Tourinho Neto, membro do Conselho Nacional de Justiça, no debate sobre a participação de magistrados em eventos patrocinados por empresas públicas e privadas, na sessão desta terça-feira (14/2):
“A imprensa, na maioria das vezes marrom, está acuando o juiz. O juiz desonesto deve ser excluído, mas não é assim que a imprensa está fazendo. Precisamos das associações para lutarmos contra essa imprensa marrom”.
Tourinho Neto acumula o cargo de membro do CNJ e a vice-presidência da Ajufe (Associação dos Juízes Federais do Brasil), duplicidade que é criticada, reservadamente, por associados da entidade.
Em dezembro, o juiz afirmou ao Blog que não via incompatibilidade. “Na composição do CNJ, fazem parte dois advogados, indicados pelo Conselho Federal da OAB. Há incompatiblidade nesse caso? Nenhuma. Se a OAB tiver interesse direto na questão, evidentemente, que eles se darão por suspeitos. O mesmo se dá com os membros do Ministério Público, indicados pelos Procurador-Geral da República”, disse Tourinho, na ocasião.
Na sessão desta terça-feira, Tourinho Neto voltou a afirmar que “o Conselho não pode interferir nas associações”, segundo informa a assessoria de imprensa do CNJ.
“Não estamos tratando da questão do funcionamento das associações, mas da Ética da Magistratura. Tenho recebido ligações até de ministros do STJ para saber se podem ou não ir a determinado evento. A resolução seria uma forma até de resguardarmos estes magistrados”, argumentou Eliana Calmon.
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