sexta-feira, 23 de março de 2012

Como se não houvesse reeleição…



Como se não houvesse reeleição…Foto: Sérgio Lima/Folhapress

PRESIDENTE DILMA CONTINUA A ENFRENTAR OS REBELADOS NO PLANALTO E DISPARA CRÍTICAS DURAS AOS GOVERNADORES. PARA ELA, O RECESSO DA SEMANA SANTA E O ESVAZIAMENTO DO LEGISLATIVO NO ANO ELEITORAL PODEM JOGAR A SEU FAVOR

23 de Março de 2012 às 08:55
247 - A presidente Dilma Rousseff pretende mesmo levar adiante a sua postura intransigente face aos rebelados do Planalto. Ultimamente, sua ferocidade tem sobrado até a importantes aliados políticos, mesmo que isso custe sua reeleição. Para ela, a agenda de votação do Congresso em 2012 e o esvaziamento do Legislativo no ano eleitoral podem jogar a seu favor.
Depois do revés sofrido no Congresso com o adiamento da votação da Lei Geral da Copa, e a perda do poder sobre a demarcação de terra dos índios, aliados sugeriram à presidente uma negociação em torno do texto do Código Florestal, para ter o apoio dos ruralistas. Mas Dilma não demonstrou boa vontade nesse sentido.
As votações na Câmara só devem ser retormadas após a Semana Santa. Até lá, o governo espera que os ânimos se acalmem, sem ter de ceder às pressões.
Para a presidente até o fim de junho, o interesse específico do governo está centrado na aprovação de duas matérias: a Lei Geral da Copa e o Fundo de Previdência Complementar do Servidor (Funpresp). O Código Florestal não é prioridade. E nessa queda de braço, acredita que levará a melhor, já que os parlamentares logo irão se concentrar nas campanhas eleitorais nos municípios. ‘Não há ano melhor para o confronto político’, acredita.
Enquanto isso, em suas andanças pelos Estados, a presidente continua a disparar críticas sem parcimônia. Segundo o colunista Claudio Humberto, em recente visita ao Rio, ela se dirigiu ao governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, tão asperamente que o prefeito Eduardo Paes ficou sem graça. O mesmo aconteceu com o governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), mas desta vez, esse enfrentou a bronca áspera que ouvia de Dilma. Exigiu respeito e saiu da reunião. Surpresa, a presidente o procurou mais tarde naquele dia para fazer as pazes, mas o recado foi dado. (Com informações do Globo)

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