Foto: Fellipe Sampaio/SCO/STF
Críticas trocadas entre o ministro Joaquim Barbosa e o ex-presidente do Supremo, Cezar Peluso, levam magistrados a considerar a possibilidade de não eleger o primeiro, que assumiria a presidência da corte em novembro; na semana passada, ele acusou Peluso de manipular julgamentos
Outra opção para o destino de Barbosa no Supremo seria a chamada PEC da Bengala, proposta de emenda à Constituição que eleva para 75 anos a aposentadoria obrigatória. Se aprovada, a medida permitira que Ayres Britto completasse seu mandato na presidência, não sendo obrigado a se aposentar compulsoriamente em novembro, quando completa 70 anos – regra que vigora atualmente. Nesse caso, menos radical do que não eleger Barbosa para a presidência, o ministro também não comandaria a corte.
As discussões entre os dois magistrados ocorreram sempre por meio da imprensa. Primeiro, o relator de um dos maiores processos da história do País, o mensalão, recebeu críticas de Peluso por meio de uma entrevista ao site Consultor Jurídico, em 18 de abril, pela qual foi chamado de “inseguro”, de não ter problemas na coluna – Barbosa já chegou a tirar licenças médicas por causa do problema –, entre outras críticas. Como resposta, Joaquim Barbosa concedeu entrevista ao jornal O Globo, em que definiu o ex-presidente do STF, em meio a diversos adjetivos, como “tirânico”, “ridículo” e “brega”. Indo além, o acusou ainda de manipular resultados de julgamentos, o que provocou, em geral, uma defesa do grupo a Peluso.
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