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INVESTIGAÇÕES DA POLÍCIA FEDERAL, DO FBI E DA INTERPOL COMPROVAM AS MOVIMENTAÇÕES QUE LEVARAM ATÉ O EX-PRESIDENTE OS PAPÉIS FORJADOS EM 1998 PARA IMPLICAR OS TUCANOS, EM MACEIÓ
247 – Uma das maiores fraudes ocorridas no Brasil em 1998 volta às páginas dos jornais. A Folha de São Paulo teve acesso ao inquérito que afirma que a família do senador e ex-presidente Fernando Collor (PTB-AL) pagou em 1998 pelo dossiê Cayman. As conclusões são baseadas em investigações da Polícia Federal, do FBI (nos Estados Unidos) e da Interpol.
O conjunto de papéis forjados para implicar tucanos com supostas movimentações financeiras no exterior teria custado US$ 2,2 milhões e teria sido entregue diretamente ao ex-presidente, em Maceió. A soma foi paga a partir de uma conta controlada por Leopoldo Collor, irmão do senador, no paraíso fiscal das Bahamas.
Segundo o inquérito, os irmãos Collor caíram em uma armação por terem pago uma fortuna por papéis grosseiramente falsificados.
Parte da trama foi relatada à investigação por Raymundo Nonato Lopes Pinheiro, então diretor internacional de comercialização da Rede Globo e réu no processo. Ele confirma ser o autor do documento que permitiu a transferência bancária, por meio da procuração de Leopoldo.
O principal negociador do caso foi Luiz Claudio Ferraz da Silva, amigo de Leopoldo. Ele teria entregue os papéis a Fernando Collor em 5 de setembro de 1998, em Maceió.
As investigações estão em processo na 10ª Vara de Justiça Federal de Brasília, aguardando julgamento. O ex-presidente não foi indiciado por não ter participação direta no pagamento nem na elaboração dos papéis, mas é citado como beneficiário do caso.
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