O mainstream midiático, ora ocupado com a faxina ética empreendida pela presidente Dilma para varrer a corrupção de seu governo, ignorou completamente o evento da década no Brasil, a publicação do livro bomba do jornalista Amaury Ribeiro Jr, um dos mais premiados jornalistas brasileiros, sobre o processo de privatização inaugurado no governo FHC, envolvendo grossa roubalheira que implica diretamente o ex governador José Serra e familiares. Como resumiu Brizola Neto em seu blog, não se trata de um livro baseado na opinião de um jornalista, muito mais do que informações bem documentadas para não pairar nenhuma dúvida, o livro vai além de uma reportagem investigativa, é um processo penal primorosamente instruído que cabe agora ao ministério público avaliar e aprofundar as investigações com vistas a apontar os responsáveis legais pela mais descarada rede de corrupção armada para saquear o erário, durante o desgoverno de Fernando Henrique Cardoso.
O próprio Amaury em entrevista transmitida ao vivo pela WEB na última sexta feira, fez questão de salientar que o material contido no livro vem de origem pública. Diferente do que a imprensa alardeou durante as eleições passadas quando ligou diretamente Amaury a um esquema de violação de sigilo de Serra e familiares, o livro é fruto de uma disputa judicial com Ricardo Sérgio, o mentor do esquema de lavagem e internação de dinheiro no país. Amaury pediu e obteve da justiça a exceção da verdade para provar o que já dizia de Ricardo Sérgio há mais de dez anos, ao responsabilizá-lo pelo propinoduto das privatizações em reportagens que escreveu para revista Istoé. Com a decisão da justiça conseguiu importantes documentos da CPI do Banestado que investigava os crimes de lavagem de dinheiro formando a base de seu livro bomba. Para quem não assistiu a entrevista do Amaury aos blogueiros sujos de esquerda, clic no link http://www.tijolaco.com/privataria-tucana-ao-vivo-com-amaury-ribeiro/
O release do livro faz uma chamada provocadora: "Prepare-se, leitor, porque este, infelizmente, não é um livro qualquer. A "PRIVATARIA TUCANA" nos traz, de maneira chocante e até decepcionante, a dura realidade dos bastidores da política e do empresariado brasileiro, em conluio para roubar dinheiro público. Faz uma denúncia vigorosa do que foi a chamada Era das Privatizações, instaurada pelo governo de Fernando Henrique Cardoso e por seu então Ministro do Planejamento, José Serra. Nomes imprevistos, até agora blindados pela aura da honestidade, surgirão manchados pela imprevista descoberta de seus malfeitos.
Amaury Ribeiro Jr. faz um trabalho investigativo que começa de maneira assustadora, quando leva um tiro ao fazer reportagem sobre o narcotráfico e assassinato de adolescentes, na periferia de Brasília. Depois do trauma sofrido, refugia-se em Minas e começa a investigar uma rede de espionagem estimulada pelo ex-governador paulista José Serra, para desacreditar seu rival no PSDB, o ex-governador mineiro Aécio Neves. Ao puxar o fio da meada, mergulha num novelo de proporções espantosas. "
Lançado de surpresa, o livro teve sua primeira edição de 15.000 exemplares rapidamente esgotada, embora a grande mídia o tenha ignorado por óbvias razões. "Privataria Tucana" está desmascarando a parcialidade da velha mídia que continua silente e sem dá uma linha sobre o mais bem sucedido lançamento de um livro investigativo, terá de colocar nas suas listas de mais vendidos um livro que fingiu desconhecer completamente, ainda que seja o assunto mais comentado na internet e redes sociais.
Se alguém tinha dúvidas de que a seletividade da mídia em relação ao denuncismo que só ataca setores do governo federal petista, é proposital, articulado por um esquema de poder dirigido para devolver os tucanos ao governo central, agora ficou escancarada a blindagem dada pela velha mídia aos governo tucanos. Sua já combalida credibilidade tem sido duramente questionada até por leitores que lhe são fiéis e deixam formar sua opinião pelo que publica.
Uma avalanche de críticas partindo de todos lados está colocando em cheque a postura da velha mídia em relação sua resistência em discutir o livro publicado pela geração editorial, de autoria de Amaury Ribeiro Jr. Um pacto de morte selado entre a velha mídia para impedir que o livro seja conhecido nacionalmente só contribui para que mais gente entre no site da editora em busca de adquirí-lo. O que se espera é que finalmente este capítulo macabro da história recente do Brasil seja investigado por quem tem a responsabilidade de fazê-lo. Com a palavra o MPF e a PF
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