DESENTENDIMENTOS COM ALA DO PT-BH ACIRRARAM OS ÂNIMOS CONTRA O PREFEITO MARCIO LACERDA, QUE FOI AGREDIDO VERBALMENTE E, POR POUCO, FISICAMENTE (IMAGEM DE VÍDEO ACIMA) POR CONSELHEIROS DE CULTURA; "ALIANCISTAS" DO PT, CONTUDO, GARANTEM QUE COLIGAÇÃO DE 2008 SERÁ REEDITADA
247 – A relativa harmonia de seus dois primeiros anos de governo parece ter acostumado mal o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda. Diante de um discurso de protesto feito pelo conselheiro setorial da área de Cultura Popular, o prefeito perdeu a paciência e mandou retirar o artesão Alan Vinícius Jorge do auditório onde o novo Conselho Municipal de Cultura era empossado. A confusão ocorreu no dia 22 de dezembro, e ainda reverbera pelas redes, em mais uma demonstração de que a briga vai ser feia nas eleições municipais deste ano na capital mineira.
Já na entrada da cerimônia o clima era de poucos amigos. A porta principal do auditório da Prefeitura foi interditada, para controlar a entrada principalmente de manifestantes do movimento “Fora Lacerda”. A entrada só foi liberada 40 minutos depois do programado e a cerimônia teve seu ápice de tensão durante o discurso da deputada estadual Luzia Ferreira (PPS), que teve a palavra interrompida por ataques do artesão Alan Vinícius Jorge à gestão de Marcio Lacerda. O prefeito ameaçou retirar o artesão do auditório caso ele não aguardasse sua vez de se manifestar e, como a sugestão não foi atendida, os seguranças excluíram Alan da cerimônia.
Nesse momento, outro manifestante correu em direção ao prefeito, mas foi contido pelos seguranças. Ao fim da cerimônia, o prefeito deixou seu recado: “Se alguém quer tirar o prefeito da prefeitura que seja através do impeachment, na Câmara. Ou nas eleições, angariando os votos necessários para isso”.
À medida que o processo eleitoral se aproxima, aumenta a tensão na capital mineira. O fato que mais tem enervado os oposicionistas de Lacerda nos últimos dias é o crescimento do movimento de petistas interessados em formalizar a chapa PSB-PT-PSDB em Belo Horizonte. Petistas que defendem a composição da chapa de reeleição já garantem possuir assinaturas suficientes para forçar o diretório municipal do partido a colocar a coligação em discussão, algo considerado impossível até então.
Lacerda tratou do assunto com o presidente nacional do PT, Rui Falcão, já que está rompido com seu vice, Roberto Carvalho (PT). Para consolidar a união, os apoiadores de Lacerda precisariam conseguir pelos menos 15 assinaturas dos 45 membros do diretório municipal do partido – isso até o dia 15 de janeiro, prazo para a indicação do desejo de apoiar uma candidatura aliada. Os petistas “aliancistas” dizem contar com pelo menos 20 assinaturas e acreditam que apenas 11 dos membros do diretório são contra a reedição da união.
Confira a confusão do dia 22 de dezembro e sinta o clima em Belo Horizonte:
Nenhum comentário:
Postar um comentário