quinta-feira, 15 de março de 2012

Dilma sobre o PR: com a faca no pescoço, não


O calor se extinguiu. Difícil dizer saber, porém, se a festa íntima de Dilma com o PR chegou ao fim. Os últimos diálogos ainda descem a rampa do Planalto. A dona da casa limpa as manchas vermelhas no sofá –sangue? vinho?
Os que ficaram cochicham críticas contra os que já foram. Sobre o tapete, apagados pelo reflexo do abajur, restos de uma coisa antiga chamada recato. Ações e reações dão à cena ares de folhetim barato.
Dilma mandou dizer ao PR: com a faca no pescoço, não vai negociar. Exige que o parceiro se retrate do rompimento. A legenda faz pose de durona. Só desmancha o bico se lhe for restituído o cômodo dos Transporte$.
E Dilma: “Mas eu convidei o Blairo Maggi. Ele é que não quis!” O PR ofereceu outros nomes. Foram recebidos, declara Blairo em privado, com desapreço. Alguns, diz ele, foram riscados a caneta por Ideli Salvatti, a governanta.
Em nome da patroa, Ideli informou: nada de Transportes. No máximo, duas diretorias numa estatal vinculada. Uma para o ex-senador César Borges (PR-BA). Outra para o vereador Antonio Carlos Rodrigues (PR-SP), suplente da senadora petê Marta Suplicy.
Assim, nada feito, refugam os peérres. Eles esticam a corda. Resmungam pelos cantos a intenção de infernizar a vida do governo de madame nas comissões do Senado. Se não forem notados, esticarão a corda no plenário.
Noutros tempos, esse tipo de movimento era feito no escurinho. Hoje, é tudo assim, meio desabrido. O recato saiu de moda em Brasília.

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