domingo, 8 de julho de 2012

Intervenção de Kassab cria duas baixas no PSD



Intervenção de Kassab cria duas baixas no PSDFoto: Edição/247

SENADORA KÁTIA ABREU (TO) DIZ QUE ABRIRÁ DISSIDÊNCIA NO PARTIDO SE FOR CONFIRMADO O APOIO A PATRUS ANANIAS (PT) EM BELO HORIZONTE, DECIDIDO PELO PREFEITO PAULISTANO GILBERTO KASSAB; EX-DEPUTADO, EX-MINISTRO E ATUAL VICE-PRESIDENTE NACIONAL FERNANDO BRANT VAI ALÉM E ANUNCIA DESFILIAÇÃO

08 de Julho de 2012 às 18:33
Minas 247 - Mal foi criado e em sua primeira eleição, o PSD do prefeito paulistano Gilberto Kassab já enfrenta sua primeira e séria crise interna. A origem dela é Belo Horizonte, onde o partido vive impasse pelo apoio às duas principais candidaturas: a do ex-ministro Patrus Ananias, pelo PT (com apoio do PMDB) e a do atual prefeito, que tenta a reeleição, Marcio Lacerda, do PSB (com apoio do PSDB).
Tudo parecia encaminhado quando, na última quarta-feira, o presidente nacional do PSD, o prefeito de São Paulo Gilberto Kassab, anunciou o apoio a Patrus. A operação contou com a ajuda da presidenta Dilma Rousseff, que conversou com Kassab e pediu o apoio ao petista. O tucano José Serra, candidato à vaga de Kassab este ano (com apoio do prefeito paulistano) também auxiliou na operação - Serra é adversário interno do senador Aécio Neves no PSDB.
A bancada mineira de deputados pessedistas não aceitou a ação de Kassab, classificando-a como intervenção. Mas o auge do conflito no novo partido veio este fim de semana. A senadora Kátia Abreu, de Tocantins, uma das fundadoras e entre as principais lideranças do PSD anunciou que abrirá dissidência se o apoio a Patrus for confirmado. “Se ocorrer a intervenção em BH, eu abro dissidência”, diz ela.
O PSD está inscrito no TRE nas duas coligações, a liderada pelo PT e também a do PSB. A disputa deverá ser decidida pela justiça eleitoral, mas a tendência é pelo apoio a Patrus, já que veio da executiva nacional da legenda.
Kátia Abreu negou que pode deixar o PSD por conta disso, embora diga que lutará pela “democracia partidária”. O mesmo não se pode dizer do vice-presidente nacional do partido, o ex-deputado federal e ex-ministro Fernando Brant. Alegando que a atuação de Kassab foi um “ato truculento”, ele deixou a direção partidária e anunciou a desfiliação do PSD. “Como é que o prefeito de São Paulo desembarca em Belo Horizonte para interferir na política mineira?”, questionou Brant. “Fiquei magoado e ferido como mineiro e dirigente do PSD porque não fui ouvido e BH não é moeda de troca.”

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