ESCOLHAS DA PRESIDENTE PARA O COMANDO DO MINISTÉRIO DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA, COM MARCO ANTÔNIO RAUPP, E DA PETROBRAS, COM MARIA DAS GRAÇAS FOSTER, FORAM FEITAS SEM CONSULTA AO PARTIDO, QUE DEMONSTRA INSATISFAÇÃO CRESCENTE COM A REFORMA
247 – Há três dias, o PT demonstrou insatisfação com as mudanças feitas pela presidente Dilma Rousseff nos ministérios da Educação e da Ciência e Tecnologia, que tem agora nos comandos das Pastas Aloízio Mercadante e Marco Antônio Raupp, convidados por Dilma (leia mais). Neste fim de semana, outro anúncio feito pela presidente pode causar uma nova crise no partido. A troca de comando na Petrobras, do atual presidente José Sergio Gabrielli, para a engenheira Maria das Graças Foster, novamente não agradou as lideranças petistas.
No primeiro episódio, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, alegou não ter sido sequer consultado por Dilma sobre a troca de comandos nos ministérios. Desta vez, líderes do partido não aprovaram a mudança na Petrobras e lutavam internamente para que ela não ocorresse. “Todo mundo no PT está estarrecido. Dilma tomou uma decisão isolada. Gabrielli tem história no partido. Essa moça (Graça Foster) não”, disse uma liderança petista à reportagem do portal iG neste domingo.
As decisões mostram a escolha de Dilma por perfis mais técnicos no governo. No caso de Raupp, que agradou a comunidade científica, ela não teria ouvido as bancadas do PT no Congresso, que apoiavam principalmente a nomeação do deputado Newton Lima (PT-SP). A mudança no comando da Petrobras já havia sido cogitada logo no início de seu governo, em janeiro de 2011. No entanto, o ex-presidente Lula interveio, prevendo que a mudança provocaria a ira do partido no exato momento em que a presidente chegava à presidência.
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