segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Caso Grazielly caminha para ser crime sem castigo



Caso Grazielly caminha para ser crime sem castigoFoto: Divulgação

MADRINHA DO GAROTO, ANA JULIA CARDOSO, AFIRMA QUE ELE PEGOU O JET SKI SEM AUTORIZAÇÃO; O MENINO, POR SUA VEZ, É INIMPUTÁVEL E DISSE QUE SÓ LIGOU A MAQUINA; CASADA COM O BARÃO DO LIXO JOSE AUGUSTO CARDOSO, ELA AINDA QUER SER PREFEITA DE SUZANO (SP)

27 de Fevereiro de 2012 às 07:53
247 – A empresária Ana Júlia Cardoso, proprietária do jet ski e madrinha do adolescente suspeito de ter atropelado e matado a menina Grazielly Almeida Lames, de 3 anos, pediu perdão à mãe da criança. O acidente aconteceu na Praia de Guaratuba, em Bertioga, no sábado de carnaval (18).
Em entrevista ao Fantástico, ela afirmou que o menino utilizou o veículo sem autorização dela e do marido, José Augusto Cardoso, porque o afilhado é um menino que "só faz o que quer".
Em depoimento à polícia, o jovem disse que foi autorizado pelos padrinhos a usar a embarcação. Testemunhas disseram que viram o jet ski sendo entregue ao menino e a um amigo por um adulto, que seria o caseiro dos Cardoso. Ana Júlia confirmou a versão do funcionário, que nega o envolvimento no caso.
Após o atropelamento, o adolescente, a mãe e o amigo fugiram do local sem prestar socorro. A família Cardoso também não fez nada para ajudar a menina.
Os Cardoso administram a Empreiteira Pajoan, prestadora de serviços no setor de coleta de lixo que coleciona irregularidades e dezenas de multas aplicadas pela Cetesb, mas que mesmo assim mantém ativo seu aterro na cidade. José Augusto Cardoso e a mulher Ana Júlia pretendem concorrer à prefeitura de Suzano pelo PSDB esse ano.
Mesmo assim, o crime pode ficar sem castigo. O rapaz não pode ser preso, por ser menor de idade. Responsável pela defesa do adolescente, o advogado Maurimar Bosco Chiasso já deixou claro como vai tentar livrar de punição o menor e seus pais – família abastada de Mogi das Cruzes, no leste da capital paulista. Em coletiva à imprensa, disse que o homicídio culposo, registrado pela polícia, é na verdade um “fatídico acidente”.

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