LÉO ARCOVERDE
FABIO LEITE
DO "AGORA"
FABIO LEITE
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O comerciante Antonio Rodrigues Chaves, dono de bar, atende a portas fechadas na estrada do Alvarenga; ele já teve um Monza roubado quando parou o veículo em um semáforo dessa rua e quase levou um tiro.
O motorista de bairros da periferia é o principal alvo dos ladrões. É o que revela o ranking das dez ruas com maiores índices de roubos de veículos na capital entre 1º de janeiro de 2011 e o último dia 6 --feito pelo "Agora" com base em dados do Infocrim, sistema usado pelas polícias para mapear crimes.
A estrada do Alvarenga, no Jardim Miriam (zona sul), lidera com folga a lista de ruas mais perigosas: a Polícia Civil registra nesse local uma média de cinco roubos de carros ou motos por semana. Foram 308 casos no período de 13 meses e 6 dias analisado pela reportagem.
Abaixo da estrada do Alvarenga, encabeçam o ranking a vice-líder Ragueb Chohfi, principal avenida de São Mateus (zona leste), com média de três casos por semana (175 no período analisado), e a estrada do Campo Limpo, com 2,5 casos a cada sete dias.
Na estrada do Alvarenga, a rua campeã de roubos, os relatos de crimes são comuns.
É o caso do comerciante Antonio Rodrigues Chaves, dono de um bar na estrada. Em 2000, em um semáforo na altura do número 2.500 da rua, ele teve um Monza roubado. Na ação, o ladrão disparou contra o comerciante. "Passou de raspão. Não morri por pouco", lembra Chaves.
ROTAS DE FUGA
Para o especialista em segurança Jorge Lordello, a análise do ranking aponta que avenidas extensas e com intenso tráfego de veículos da periferia "possuem muitas rotas de fuga" e, por conta disso, "tornam-se um terreno fértil para os ladrões".
O alto índice de roubos nesses locais, diz Lordello, explica o grande número de oficinas nesses bairros que funcionam como desmanche.
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