quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Moradora de rua é agredida no Leblon, na Zona Sul


De O Globo


Na semana passada, um jovem foi espancado ao tentar defender um mendigo na Ilha

RIO - Três jovens agrediram uma moradora de rua, no início da manhã desta quinta-feira, na Rua Ataulfo de Paiva, no Leblon. De acordo com a Polícia Militar, o ataque aconteceu por volta das 6h15m da manhã, nas proximidades da Pizzaria Guanabara. A mulher foi levada para o Hospital Miguel Couto, na Gávea, e os agressores foram conduzidos para a 14ª DP (Leblon).
Os rapazes teriam cometido a agressão quando viram que o espelho do retrovisor do carro onde estavam estaria quebrado. Duas mulheres estavam sentadas próximo ao veículo e os jovens desconfiaram que elas teriam danificado o espelho. Uma delas, que estava com uma criança de cerca de um ano no colo, conseguiu escapar da agressão. A outra teria sido espancada pelos rapazes. Policiais militares foram avisados e conseguiram abordar o carro dos acusados quando eles deixavam o local. Um outro rapaz, que estava acompanhado os jovens e seria testemunha, disse que eles são moradores de Nova Iguaçu.
ndo policiais militares do 23º (Leblon), os agressores da moradora de rua foram identificados como Rogério Menezes Estrela, de 25 anos; o médico Carlos Alberto Jorge Rodrigues Júnior, de 31; e, o vendedor Tiago Luís Tostes das Neves, de 28. Eles estavam num Honda Civic cinza que teve o vidro do retrovisor quebrado supostamente pela moradora de rua Paula Jorgina Ferreira Lima, de 27 anos. De acordo com os policiais, ela pediu ajuda porque fora agredida com socos, principalmente na cabeça. Os jovens teriam saído da boate Melt e depois foram para a Pizzaria Guanabara.
Na semana passada, o estudante Vítor Suarez Cunha, de 21 anos, foi espancado por cinco rapazes ao defender um morador de rua que estava sendo agredido na Ilha do Governador. O jovem teve alta do hospital na quarta-feira, depois de passar por uma cirurgia para implantar 63 pinos no rosto, além de oito placas de titânio.
Ao deixar o hospital, Vítor disse que quer voltar a ter uma vida normal. Ele agradeceu a atenção recebida dos médicos e funcionários do hospital, dos amigos e das pessoas que prestaram solidariedade.
— Foi tudo ótimo. Ninguém acredita o jeito que eu estou agora. Quero poder voltar para casa, comer hambúrguer, beber refrigerante, entrar na internet, jogar videogame e conversar com os amigos.
Enquanto Vítor voltava para casa, Edson Luis Junior, o Flim, último dos cinco agressores do estudante que ainda estava foragido, se apresentou nesta quarta-feira na 37ª DP (Ilha do Governador), acompanhado de um advogado. A exemplo dos outros quatro agressores, que já estão presos, ele negou que tivesse agredido o estudante na praça.
Nesta quarta, o delegado Deoclécio de Assis Filho afirmou que tem 30 dias para concluir o inquérito e pedir a prisão preventiva dos acusados. O delegado confirmou que também já ouviu Vítor no hospital.

Nenhum comentário: