De O Globo
Na semana passada, um jovem foi espancado ao tentar defender um mendigo na Ilha
RIO - Três jovens agrediram uma moradora de rua, no início da manhã desta quinta-feira, na Rua Ataulfo de Paiva, no Leblon. De acordo com a Polícia Militar, o ataque aconteceu por volta das 6h15m da manhã, nas proximidades da Pizzaria Guanabara. A mulher foi levada para o Hospital Miguel Couto, na Gávea, e os agressores foram conduzidos para a 14ª DP (Leblon).
Os rapazes teriam cometido a agressão quando viram que o espelho do retrovisor do carro onde estavam estaria quebrado. Duas mulheres estavam sentadas próximo ao veículo e os jovens desconfiaram que elas teriam danificado o espelho. Uma delas, que estava com uma criança de cerca de um ano no colo, conseguiu escapar da agressão. A outra teria sido espancada pelos rapazes. Policiais militares foram avisados e conseguiram abordar o carro dos acusados quando eles deixavam o local. Um outro rapaz, que estava acompanhado os jovens e seria testemunha, disse que eles são moradores de Nova Iguaçu.
Na semana passada, o estudante Vítor Suarez Cunha, de 21 anos, foi espancado por cinco rapazes ao defender um morador de rua que estava sendo agredido na Ilha do Governador. O jovem teve alta do hospital na quarta-feira, depois de passar por uma cirurgia para implantar 63 pinos no rosto, além de oito placas de titânio.
Ao deixar o hospital, Vítor disse que quer voltar a ter uma vida normal. Ele agradeceu a atenção recebida dos médicos e funcionários do hospital, dos amigos e das pessoas que prestaram solidariedade.
— Foi tudo ótimo. Ninguém acredita o jeito que eu estou agora. Quero poder voltar para casa, comer hambúrguer, beber refrigerante, entrar na internet, jogar videogame e conversar com os amigos.
Enquanto Vítor voltava para casa, Edson Luis Junior, o Flim, último dos cinco agressores do estudante que ainda estava foragido, se apresentou nesta quarta-feira na 37ª DP (Ilha do Governador), acompanhado de um advogado. A exemplo dos outros quatro agressores, que já estão presos, ele negou que tivesse agredido o estudante na praça.
Nesta quarta, o delegado Deoclécio de Assis Filho afirmou que tem 30 dias para concluir o inquérito e pedir a prisão preventiva dos acusados. O delegado confirmou que também já ouviu Vítor no hospital.
Nenhum comentário:
Postar um comentário