terça-feira, 1 de novembro de 2011

Agnelo se explica, oposição questiona



Agnelo se explica, oposição questiona Foto: Thyago Arruda/247

GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL FOI A PROGRAMA DE RÁDIO SE DEFENDER DAS ACUSAÇÕES DE DESVIOS DE VERBAS NO MINISTÉRIO DO ESPORTE. DEPUTADO DA OPOSIÇÃO QUE QUER CONVOCÁ-LO APROVEITOU PARA FALAR DE JOÃO DIAS

01 de Novembro de 2011 às 19:30
Noelle Oliveira__Brasília247 – A oposição está mesmo determinada a cobrar explicações do governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, do PT, sobre seu suposto envolvimento na crise do Ministério do Esporte. Após pedir, na segunda-feira (31), que Agnelo seja ouvido em audiência pública na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados, o deputado federal Fernando Francischini (PSDB-PR) aproveitou a participação do governador em um programa da rádio CBN Brasília, na manhã desta terça-feira (1º), para questioná-lo. O parlamentar queria saber por que Agnelo mantém João Dias Ferreira – delator do esquema de desvio de verbas no ministério – no quadro de pessoal da Polícia Militar do DF.
Agnelo explicou que a própria corporação é a responsável por investigações relativas aos militares e que tal atitude não caberia a ele. O governador disse, ainda, não saber se existe qualquer tipo de questionamento relativo a João Dias correndo na Polícia Militar. O chefe do Executivo aproveitou a ocasião para falar sobre as denúncias veiculadas na imprensa no último fim de semana – nas reportagens aparecem transcrições de diálogos entre o governador e o policial.
Segundo Agnelo, as conversas existiram, mas tem teor político, e são naturais. "Não existe nenhuma frase que me comprometa", destacou. "Conversei com ele como devo ter conversado com outros milhares de pessoas", complementou. As gravações são referentes ao início de 2010, quando o petista era diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Agnelo também reiterou que possui um documento oficial em que comprova não ser réu do processo que corre na 10ª Vara da Justiça Federal, em Brasília, do qual as informações veiculadas pela imprensa foram retiradas.
O governador insistiu na tese de que as acusações contra ele são uma forma de seus adversários forçarem um "terceiro turno" no DF. "Eu derrotei uma organização criminosa que estava no poder", disse. Agnelo afirmou que não teme a instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara Legislativa para investigá-lo. A comissão foi proposta pela deputada da oposição Celina Leão (PSD), mas faltam assinaturas de três parlamentares, das oito necessárias, para que possa ser aberta.

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