terça-feira, 1 de novembro de 2011

Romário: Fifa não pode mandar no Brasil



Romário: Fifa não pode mandar no BrasilFoto: Divulgação

APÓS DUAS SEMANAS NO MÉXICO,EX-JOGADOR CRITICA A EXCLUSIVIDADE DA FIFA NA COMERCIALIZAÇÃO DE INGRESSOS PARA A COPA 2014; INSTITUIÇÃO É CONTRÁRIA À VENDA DE MEIAS-ENTRADAS PARA ESTUDANTES E IDOSOS

01 de Novembro de 2011 às 17:44
Evam Sena_247, em Brasília - Deputados governistas e de oposição criticaram hoje o que chamaram de “poder excessivo” da Fifa no projeto da Lei Geral da Copa em audiência da comissão que discute a proposta. Entre eles, o deputado Romário (PSB-RJ) declarou que “a Fifa não pode mandar no nosso país”.
O ex-jogador lembrou que a instituição internacional e o presidente do Comitê Organizador da Copa, Ricardo Teixeira, são alvos de denúncias de corrupção e cobrança de propina. Romário questionou alguns artigos da Lei Geral da Copa, entre eles o que isenta a Fifa de responsabilidade por danos à segurança do consumidor, e vai propor alteração.
Um dos pontos polêmicos entre a Fifa e o governo federal, a venda de bebidas alcoólicas nos estádios, foi lembrado pelo deputado José Rocha (PR-BA), que defendeu a criação de área específicas para o consumo de álcool. “Não podemos permitir que se crie o Estado Fifa dentro do Estado brasileiro”, afirmou.
Deputados oposicionistas declararam preocupação em o governo brasileiro não cumprir acordo com a Fifa em protocola para realização da Copa no Brasil. “Será que o governo negociou mal com a Fifa?. Se alguém negociou algo que fere os nossos direitos fundamentais e sociais, negociou mal”, questionou Cesar Colnago (PSDB-ES).
“Só a Fifa pode fazer o evento; se o Brasil quer sediá-lo, terá que aceitar algumas regras”, ressaltou Rodrigo Maia (DEM-RJ). Segundo o relator da Lei Geral da Copa, Vicente Candido (PT-SP), o protocolo assinado pelo Brasil não impede que a proposta seja alterada. “Estamos cobrindo uma lacuna da falta de discussão do governo com a sociedade civil”, destacou.
Para o governista José Guimarães (PT-CE), a comissão não deve se dividir entre os favoráveis e os contrários à Fifa e combinar da melhor forma as leis brasileiras com as normas da entidade para a Copa. especial deve evitar a “polarização” entre os favoráveis à Fifa e os contrários à entidade. “Teremos de criar excepcionalidades para os dias do evento. Não tenho a menor dúvida de que o Brasil não perderá sua soberania”, declarou.
A comissão aprovou hoje requerimento para realização de audiência pública com o novo ministro do Esporte, Aldo Rebelo.

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