Foto: JARBAS OLIVEIRA/AGÊNCIA ESTADO
MINISTÉRIO RECORRE CONTRA ANULAÇÃO DE 13 QUESTÕES PELO JUIZ LUIZ PRAXEDES (À ESQ.); ELAS NÃO PODERÃO SER CORRIGIDAS, ATÉ DECISÃO EM CONTRÁRIO; RESTANTE DA PROVA É VÁLIDO; MINISTRO FERNANDO HADDAD COMEMORA VITÓRIA PARCIAL
O Ministério da Educação (MEC) informou na manhã de hoje que vai recorrer da decisão da Justiça Federal do Ceará que decidiu anular, para todo o Brasil, 13 questões do Exame Nacional do Ensino Médio 2011 (Enem). Segundo o MEC, a decisão é "desproporcional e arbitrária" e vai recorrer no Tribunal de Recife. Os alunos que fizeram a prova devem ter a resposta ainda hoje sobre a anulação, por volta de 14h.
A Justiça Federal do Ceará decidiu na noite de ontem anular as 13 questões do Enem que vazaram para os alunos do colégio Christus, de Fortaleza, antes da realização da prova. As perguntas estavam em apostilas distribuídas pela escola semanas antes da aplicação do Enem. O Ministério Público Federal (MPF) queria a suspensão do exame no Brasil todo ou a anulação das 13 questões. Já o Ministério da Educação queria nova prova apenas para os 639 concluintes do ensino médio do colégio Christus.
O ministro da Educação, Fernando Haddad, que participou do programa Roda Viva, da TV Cultura, ontem, considerou positiva a decisão, porque afastou a possibilidade de cancelamento total da prova. "Neste ano, a decisão é muito mais sóbria", disse o ministro, que no entanto indicou que pretende pedir um recurso para que apenas os alunos da escola que teve acesso às questões tenham que refazer o exame. "No nosso entendimento, o Inep deve encaminhar um recurso porque trata-se de uma situação isolada e que pode ser circunscrita."
As 13 questões anuladas constam do caderno amarelo e são as seguintes:32, 33, 34, 46, 50, 57, 74 e 87, do 1º dia; 113, 141, 154, 173 e 180, do 2º dia.
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