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A relação do UOL com o mercado foi tempestuosa. Meses depois da abertura de capital, um relatório do banco Merrill Lynch derrubou o preço das ações em 24% em apenas um dia. O que chamou a atenção dos investidores foi o fato de que o próprio banco havia estruturado o IPO do UOL.
A desconfiança que surgiu jamais foi desfeita, e as ações patinaram para sempre (o preço pago em janeiro no fechamento de capital foi praticamente o mesmo do dia do IPO).
Segundo investidores ouvidos por EXAME, a empresa dava pouca importância à troca de informações com o mercado — que, em resposta, penalizava as ações.
Em seus relatórios trimestrais, dizia pouco sobre os negócios. Origem da receita? Constava como publicidade, assinatura e “outros”. Custos? Não eram detalhados. “Você basicamente não sabe de onde o dinheiro vem e para onde o dinheiro vai”, diz Luciana Leocádio, analista da Ativa Corretora.
De acordo com executivos ouvidos por EXAME, essa relação fez com que o mercado não reconhecesse aquela que é, na opinião dos controladores, uma brutal transformação no DNA da companhia. O UOL, que nasceu como um portal de conteúdo, foi se tornando uma empresa de tecnologia da informação.
De 2007 para cá, a companhia fez sete aquisições em áreas como data center, comércio eletrônico, hospedagem de sites e até games. A maior delas foi a compra da operadora de data centers Diveo, que custou 693,5 milhões de reais, no fim de 2010.
“Junto com a chilena Sonda IT, o UOL é a empresa latino-americana que mais fez aquisições na área de tecnologia nos últimos anos”, diz Fernando Belfort, analista da consultoria Frost & Sullivan.
Essa transformação, que tornou a empresa menos dependente da publicidade, poderia ter se refletido positivamente no seu valor de mercado — como isso não aconteceu, a empresa acabou ficando barata na visão dos controladores. “Apesar das aquisições, ninguém sabe o peso que os serviços de TI têm no balanço da companhia”, diz Álvaro Leal, consultor da empresa de pesquisas IT Data.
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Ou seja, as informações que a Folha dava ao mercado e aos acionistas (aqueles parvos que investiram nela) tinham tanta credibilidade quanto as que dá ao leitor.
É essa a empresa que se acha no direito de dizer que os vencedores do leilão dos aeroportos são uns michas.
(Clique aqui para ler sobre a “partilha da Dilma e a concessão do FHC na politica de privatização”.)
Assim como o UOL acha que vai ser uma empresa de tecnologia, qualquer dia desses o Otavinho vai transformar a Folha (*) em bula de remédio.
Em tempo: o dono da Abril, que edita a Exame, Robert(o) Civita e o Luis Frias, irmão do Otavinho, foram sócios. E se amam.
Paulo Henrique Amorim
(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é, porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.
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