A compra dos direitos de transmissão dos jogos da Copa Libertadores da América, em TV fechada, está revelando como poucas vezes se faz, a concentração de poder que existe neste setor.
Embora dispondo de uma banda de transmissão generosa em npumero da canais, seja via satélite ou por cabo, as empresas de TV por assinatura não vivem da mensalidade que cobram ao assinante, mas da interação que têm com o faturamento das emissoras que transmitem e de seu prório faturamento comercial que, ao contrário da TV aberta, ainda não tem regulamentação.
Ocorre que a Fox, através de sua Fox Sports, arrematou os direitos de transmissão da Libertadores que pertenciam ao SportTV, da Globo.
E, horas antes de começar a competição – oficialmente, se inicia com a fase de grupos – neniguém tem noção sobre quem e o que será transmitido.
Seguros, mesmo, só os jogos de quarta à noite, dos quais a Globo detém o direito de transmissão em TV aberta, como a estréia do Vasco, amanhã.
Pelo twitter, com a hashtag QueroAFoxSports, a comunidade da internet está pressionando as operadoras Net e Sky – que curiosamente é da Fox, mas depende da programação da Globo – a incluirem o canal na grade de programação. Dizem alguns que a TV da Embratel transmitiria os jogos do Fluminense (hoje) e do Internacional (na quinta), mas não há confirmação oficial.
Aliá, ninguém explica, divulga, confirma. Parece que é um negócio escusos, porque se alguém está sendo extorquido para fornecer um serviço, o primeiro cuidado que toma é esclarecer seus clientes do porque não o fornece.
Há um imbróglio legal que faz com que a Globo, mesmo já não tendo mais o controle acionário da Net, ainda conserve grande poder na empresa. Da mesma forma, a Sky estaria sendo pressionada com o direito de transmissão dos canais Globosat e da TV aberta, que sõ importantíssimos para as tv fechadas, uma vez que muitos usuários não têm recepção de TV convencional.
É curioso que o futebol , pelo seu poder de penetração, acabe revelando o sombrio cartel existente nos meios de comunicação. E que faça entender porque, aqui ao lado, na Argentina, a TV pública comprou os direitos de transmissão do futebol e os coloque, mediante partilha do patrocínio, à disposição de todas as emissoras de TV.
Futebol pode até não ser essencial. Transparência no uso das concessões públicas – e a tv por assinatura faz parte delas – e o direito à informação por seus usuários é essencial.
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