Foto: Dario Lopez-Mills/Agência Estado
O GOVERNO DO NÍGER JÁ DECLAROU QUE MEMBROS DO GOVERNO DE KADAFI QUE BUSCARAM REFÚGIO NO PAÍS DO OESTE AFRICANO NÃO RETORNARÃO À LÍBIA SEM GARANTIAS SOBRE SUA SEGURANÇA
Um dos filhos de Muamar Kadafi, Seif al-Islam, está se dirigindo para o Níger, país onde seu irmão e dezenas de integrantes do regime de seu pai já estão abrigados. Rissa ag Boula, conselheiro do presidente do Níger e membro eleito do conselho regional de Agadez, disse à Associated Press que está em contato com um grupo de tuaregues que está ajudando a guiar Seif al-Islam Kadafi. Os tuaregues estão entre os mais fortes apoiadores de Kadafi e lutaram para mantê-lo no poder.
"Se ele chegar aqui, o governo vai aceitá-lo, mas o governo também precisará respeitar suas obrigações internacionais. Ele é quem decide (se continua fugindo ou vem para o Níger", disse Boula.
Ele declarou que Seif al-Islam, que é procurado pelo Tribunal Penal Internacional, parece estar prestes a cruzar para a Argélia, com o objetivo de seguir para o Níger. Esta é a mesma rota que seu irmão Al-Saadi Kadafi e mais de 30 pessoas leais do coronel usaram em setembro.
O governo do Níger já declarou que membros do governo de Kadafi que buscaram refúgio no país do oeste africano não retornarão à Líbia sem garantias sobre sua segurança.
Al-Saadi Kadafi e várias outras pessoas consideradas figuras importantes do regime foram colocadas em prisão domiciliar na capital do Níger no interior de um complexo na capital. Outros também estão sob supervisão mas têm permissão para sair de suas vilas, informou o governo nigerino.
Ao contrário de seu irmão que já está no Níger, Seif al-Islam é uma das duas figuras do regime que é procurada pelo Tribunal Penal Internacional por crimes contra a humanidade, cometidos durante a prolongada batalha pelo poder.
Em razão de sua grande população de tuaregues, o Níger foi um dos últimos países a reconhecer os novos líderes líbios. Mesquitas e hotéis em todo o país foram construídos por Kadafi e ele continua bastante popular no Níger, o que faz da nação um santuário natural para os fugitivos que pertenciam a seu círculo interno.
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