terça-feira, 25 de outubro de 2011

Ministro se diz tranquilo com investigação do STF



Ministro se diz tranquilo com investigação do STFFoto: DIDA SAMPAIO/AGÊNCIA ESTADO

“QUEM SOLICITOU QUE FOSSE FEITA A APURAÇÃO FUI EU. PARA MIM, NÃO HÁ NENHUM FATO QUE ALTERE MINHA CONDIÇÃO DE INOCENTE", DISSE ORLANDO SILVA

25 de Outubro de 2011 às 20:54
Evam Sena_247, em Brasília – O ministro do Esporte, Orlando Silva, afirmou hoje, em coletiva de imprensa, que o inquérito aberto no Supremo Tribunal Federal (STF) para apurar denúncias de desvio de verbas públicas na pasta não “altera” sua “condição de inocente” e que ele continua “tranquilo” no cargo, “com a serenidade dos justos”.
Enquanto o ministro participava de audiência na Comissão Especial da Lei Geral da Copa, na Câmara, na tarde de hoje, a ministra do STF Carmem Lúcia decidiu acatar parecer do Procurador Geral da República, Roberto Gurgel, e abrir inquérito para apurar as denúncias de que Orlando Silva coordena um esquema de cobrança de propina de ONGs contratadas pelo ministério para abastecer o caixa do PCdoB.
Orlando Silva afirmou hoje que foi ele quem pediu investigação pela Polícia Federal e no Ministério Público Federal. “Quem solicitou que fosse feita a apuração fui eu. Para mim, não há nenhum fato que altere minha condição de inocente. Eu confio nas instituições brasileiras e nas leis do Brasil. Vou seguir tranquilamente o meu trabalho”, disse.
“Estou muito tranquilo, eu tenho a serenidade dos justos, de quem esta do lado da verdade”, completou, afirmando que o resultado do inquérito do STF será usado em queixa-crime que ele apresentará contra os seus delatores. O principal denunciante é o policial militar do DF João Dias Ferreira, presidente de duas ONGs contratadas pelo ministério do Esporte que tiveram a prestação de contas rejeitadas.
Orlando Silva voltou a negar a acusação de que recebeu dinheiro de propina na garagem do ministério. “Há 11 dias eu pergunto, onde estão as provas. Provas não existirão, porque é uma calúnia”, afirmou, alegando que João Dias recuou ao dizer à Polícia Federal que não há gravações em que o ministro aparece.
Em audiência na Câmara, deputados da oposição pediram a Orlando Silva que ele deixasse o ministério, causando bate-boca entre governistas e opositores. O ministro não respondeu às perguntas sobre as suspeitas de corrupção e limitou-se a tratar sobre a Lei Geral da Copa. “Não foram poucas as provocações, algumas até em nível de histeria. Foi por respeito a comissão que eu resolvi não me manifestar sobre os ataques que eu sofri. O Brasil deve seguir caminhando, não importa se aparece uma crise real ou irreal”, declarou à imprensa.
Orlando Silva negou que vai se encontrar com a presidente Dilma Rousseff hoje, como chegou a ser declarado durante a audiência. O presidente do PCdoB, Renato Rabelo, esteve reunido com o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, na tarde de hoje, o que levantou suspeitas que Orlando Silva deixaria o cargo hoje.

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